d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
sexta-feira, 26 de julho de 2013 ( 19:53 )
"os balões que iam no céu tão alto não eram tão azuis como a fita cola." desafio-te a escreveres um texto apartir desta frase, um texto que fale obrigatoriamente sobre: amor, perda de algo que não o amor em si, escolhas dificeis que condicionam uma vida inteira e curas.
Os balões que iam no céu tão alto não eram tão azuis como a fita cola, nem o céu era tão vermelho como as nuvens que levavam as cinzas da casa onde eu vivi até aos dezassete anos, naquele dia insólito em que te vi pela primeira vez, agarrada ao teu namorado da altura enquanto te juntavas às vizinhas que cuscavam as labaredas que consumiam a minha história, o meu porto seguro sem mar que apagasse o fogo. Foi um fogo ter-te conhecido assim, ao longe na mão de outro, logo ali soube seres o mundo, logo ali percebi que a viagem à terra de Berlim não faria sentido se não tivesse nada para o que voltar; se a cura resultasse faria o quê, se não te tivesse a ti comigo, ou à minha espera sentada no único banco que não foi consumido, aquele onde o meu pai costumava debruçar-me para me apregoar com o seu cinto de pele de touro; sentada no meio do que antes havia sido tudo, antes de tu apareceres e tomares o cargo de vida. Não foi amor, amor têm os idiotas, nem paixão, a única força que me crescia era a raiva de te ver abraçada a outro, de te ver abrigada na proteção de uns braços que não os meus. Não foi amor, meu amor, foi mais do que isso, mais do que um coração de dezassete anos poderia alguma vez sentir, foi mais do que o teu coração de treze anos pode perceber. Foi o que te fez vir comigo em tão tenra idade, foi o que levou a entrar no avião que te levou ao desconhecido, e que me levou ao fim, um fim demasiado precoce para a nossa grandiosidade, para a grandiosidade das nossas palavras, mais velhas que o próprio tempo. Foi o que me fez pedir-te a companhia e uma aventura sem rumo, depois de muito ponderar. Deixar-te sem me conhecer, ou trazer-te para me ver partir.
Estavas de verde, lembras-te? Da mesma cor do meu egoísmo em fazer-te feliz o tempo suficiente. Apenas o suficiente para me tirar a minha agravada infelicidade de não ter vivido. Apenas o suficiente para me ficar gravado na memória o teu sorriso nos meus braços, as labaredas do meu passado, e a fita cola azul com que fechei esta carta.
Meu amor, foi mais do que isso. Foi mais do sabemos.
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