d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
domingo, 30 de dezembro de 2012 ( 12:43 )
Conheces a minha história. Escusado será repetir-te que aquele momento em que abandonei o palco no sétimo ano depois de fazer o papel do lobo que usava macacão, (curiosamente o mesmo do ano a seguir, onde fiz de gula) foi dos momentos mais felizes da minha vida. Escusado será dizer que foi a partir daí que sempre me empenhei a dizer certo que queria teatro, mal saísse do nono ano, eu queria partir de imediato. Escusado será dizer que não o fui, e que mudei o plano para ir depois do secundário, fazia-me bem ter um décimo segundo no currículo, só para o caso. Escusado será dizer que também não o fui e que ando a lutar por um sonho que não o meu. Ando a lutar por um segundo plano, quando o primeira seria, na verdade, realizável. Sou demasiado bom a abafar os pensamentos da minha cabeça, sabes? Aprendi com eles, desde o sétimo ano que me abafaram o gosto e agora as forças que eu pensava ter não as tenho, as certezas que um dia nutri escorreram com as vozes altas e as reprimendas que me obrigaram. Aprendi com os melhores.
Mas sabes o que custa realmente? O que me deixa mesmo de rastos, sem conseguir ler uma única palavra, sem vontade sequer de me levantar? É ouvir aqueles que te abafaram dizerem à outra que sempre nos apoiaram no que realmente queríamos, e que se realmente éramos bons no que fazemos, como toda a gente o diz, devemos é esforçar-nos para o conseguir e mostrar o contrário àqueles que não o acham. Custa ouvi-los dizer que sempre apoiaram a minha irmã no desporto, e a mim nunca o teatro. Apenas o prometiam como palavras que eu sendo criança iria esquecer.
Nunca esqueci, mas sou demasiado bom a abafar os pensamentos. Aprendi com eles.
Menos hoje. Hoje o saco está cheio. Não vou sequer me levantar.
o'children, nick cave
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012 ( 23:11 )
I really
miss her, you know? That kind of saudade that leaves you silent, mourning for
what you never truly had. I miss writing to her, telling her my world. I miss
thinking that she wanted to know more, like I wanted to know about her. About
her story. Now I just keep it to myself. My story. My oh-so-simple life. I miss
reading her. I still feel the worms in my stomach every time I get a message
for no reason, I wait, because I know it’s not her name that I’ll read first,
it’s not her words. And still my mind hopes for her name. For that five letter
word that he hated and know he loves.
But I can’t
tell her to comeback. And even if I would, I’m sure she wouldn’t. She shouldn’t.
I can’t fall again, and I know it seems stupid but while reading her story and
telling her mine, I’ll never get up.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012 ( 18:26 )
as melhores prendas são as que nos dão um pouco mais de nós
ainda usas o texto inteligente?
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012 ( 21:32 )
you know me. i could never give up, even after the end. it's a disease for me, it's a compliment for others. a partir de que idade é permitido amar? acho que comecei cedo demais.
i wish i could love more easily, i wish i could forget more easily.
temo colocar-me numa passadeira rolante bem vedada que não me deixe sair, voltar atrás.
i wish i could love more easily, i wish i could forget more easily.
temo colocar-me numa passadeira rolante bem vedada que não me deixe sair, voltar atrás.
of course she was the one, that was never even a question.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012 ( 14:44 )
hoje quando acordei pela primeira vez insultei-me por me ter enganado a meter as horas no despertador. voltei a adormecer. acordei. adormeci. quando finalmente me levantei ela estava a chorar na cozinha, as lágrimas de um estória em que os capítulos acabam em reticências.
desta vez ninguém a terminou antes do tempo, desta vez nenhum dos dois sabe quando tem de terminar ao certo.
dear you, to call you a quitter is just something that I could never do. there are few like you.
gosto da vida que lhe andas a dar
( 11:20 )
Quero ver o mar, passear na esplanada e caminhar sem ninguém, parar me se me apetecer, estender-me no chão se assim o entender. Quero sentir a chuva enterrar-me no chão, quero o mar a arrastar-me, quero a areia nos pés a aleijar-me, quero as nuvens claras a magoar-me os olhos. Quero ficar e por dois momentos não fingir que ficou tudo bem, quero por dois momentos aproveitar a chuva para disfarçar a tristeza para que depois possa voltar ao mesmo sítio, a isto a que chamam casa, àquilo a que chamam futuro, naquilo em que me vejo sozinho mas rodeado de pessoas.
She’s the one who gave up, I’m just letting her go. I can’t wait
forever.
o fim da estória vai sempre para lá do ponto final.
( 03:29 )
o nosso maior erro é, quase sempre, desistir antes do fim.
erramos, repetidamente, ao não acreditarmos nas estórias dos nossos dias, nas estórias que por serem nossas nos parecem tão propícias a nunca merecerem conhecer um final feliz.
deixamos que se percam pelos caminhos das ruas que percorremos rotineiramente durante a semana, nos lugares por onde paramos e nos vamos escrevendo. perdemos as maiores estórias porque não lhes permitimos, sequer, sobreviver.
daqui a uns anos, quando formos velhos o suficiente para só poder voltar a estes tais lugares de memória que deixámos ficar no passado, vamos recordar com rancor o quão cobardes fomos por incredulidade.
é esse o nosso maior pecado. somos crédulos da nossa carne. desvalorizamos o valor dos nossos segundos.
entregamos o crédito aos trauseantes que connosco vão cruzando caminhos. algumas encruzilhadas, alguns entrocamentos, nunca para nós aceitamos retas.
o nosso maior erro é, quase sempre, desistir antes do fim por nunca chegar a acreditar. o nosso maior erro é nunca oferecer às coisas o fim que merecem. o nosso maior erro é não nos apercebermos dos momentos em que somos infinitos.
tatiana rocha.
chapter 190517
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012 ( 22:10 )
one day baby we'll be old, oh baby we'll be old, think of all the stories that we could have told.
também eu sou protagonista nas telas de cinema. doces paredes brancas da minha casa.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012 ( 00:45 )
se algum dia me casasse teria de ser com alguém que também não se acreditasse no casamento até me conhecer. teria de ser com alguém que não fizesse sentir culpada quando acabasse. quando os papéis de divórcio aparecessem pela fenda da caixinha de correio.
gostava muito de me casar com alguém assim. alguém que, tal, como eu, não esperasse na verdade nada. nada que não a possibilidade de acontecer, tal como a possibilidade de deixar de faze-lo.
quando tiver filhos, e tê-los ei, hei de contar-lhes tudo sobre o casamento. a começar pelo sim que para sempre duvidarão ter sido a resposta mais errada ou mais certa que deram em toda a vida, e a acabar na assinatura de um contrato elaborado por advogados que reitira a outra pessoa, para sempre, das suas vidas.
quando tiver filhos, não quero estar casada. sempre gostei mais dos bastardos.
nos meus votos, só uma frase tenho a certeza que existiria "juro solenemente amar-te em quanto me for possivel amar-te, cuidar-te enquanto estar contigo não me mate a mim, não fugir a menos que a fuga seja a minha felicidade. tens a certeza que pretendes proseguir com este matrimónio?" e aí ouviria a resposta mais indecisa de sempre, ou sim, ou não.
com amor, do meu filme lamechas.
little talks, of monsters and man
terça-feira, 4 de dezembro de 2012 ( 23:25 )
Há um espaço vazio entre as ruas, entre as poças da
chuva que já não cai, desistiu da guerra contra os amantes que se atiram da
ponte, um último abraço da despedida. Ninguém sabe o que lhes foi da mente,
ninguém sabe o que sobrou da pastosa líquida que se espalhou no rio.
Há um espaço vazio entre as casas, entre os ralos
que não escoam os restos da guerrilha, entre as moléculas às quais se juntam o
bolor e o cheiro a podre, o choco de uma rua abandonada. Há um espaço vazio no
homem que dorme sobre o seu próprio mijo na berma do passeio, a barba dos três
anos de divórcio e desemprego, morte e doença, porque tudo o que é bom vem aos
pares. Como o vazio. Há um espaço vazio no lampião que já não arde, perdeu pela
idade o fulgor adolescente de um óleo crepitante e uma chama amarelada. Nem as
pombas lhe querem cagar em cima. Há um espaço vazio nas pombas, os olhos
laterais despercebidos mas sempre atentos, os ossos ocos para poderem voar. Há
um espaço vazio nas pessoas ocas, mas essas não voam. Mesmo que voassem não teríamos
conhecimento da sua existência, voariam instantaneamente para a lua, pensamento
adequado ao preenchimento que sofrem, e morreriam, como os amantes da ponte,
como o homem que dorme sobre o seu próprio mijo que teme não ver o novo dia.
Irónico, sendo cego. Há um espaço vazio na própria lua, abandonada no céu aos
olhares acusadores das estrelas que a insultam do longe, covardes. Humanas.
Vazias. Há um espaço vazio no meu quarto, só lá sobra o pó e uma teia mal feita
de uma aranha demasiado preguiçosa.
Era onde estava a minha televisão.
"- there's an old voice in my head that's holding me back
- tell her that I miss our little talks"
agarra nos tomates com força, vá querida.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012 ( 00:28 )
Agarrei nos tomates pela cintura, apertei-os com força e deixei-me sofrer um bocadinho. É agora ou nunca, querida. Ou metes o pézinho dentro de água ou vais derreter cá fora à espera que o tempo melhore. É agora ou nunca, ou corres o risco de morrer ou morres sem nunca ter tentado.
Não que seja assim tão desconfortável o silêncio, mas é que a paixão é uma seiva expessa que queima as veias e não há maneira nenhuma de lhe apaziguar o ardor. A faca está perto ainda por cima, é só um ligeiro corte acima do mamilo e tudo cá para fora. Todo o lado esquerdo exposto sem grandes pudores.
Esta que aqui vês sou eu. Instrumento de cordas soltas que magoam os dedos que lhes tocam. Despida porque o couro das minhas peles está enfraquecido pelo tempo e não houve ninguém que lhe passasse uma boa mão cheia de gordura. Tenho pudor de animais. Têm pelos e corações.
Eu tenho pelos e coração. Tenho pudor de mim. Mas vá, hoje é um dia de coragem, já agarrei os tomates pela cintura e agora que os tenho na mão não os consigo voltar a guardar. É uma questão de orgulho, querida, não o farás. Vá, força, vai doer, claro que vai, dói sempre um bocadinho. Mas nada dói mais do que a ressaca de amor, portanto vá querida, com força. Conta-te ao mundo. Nem sequer é provavel que te ouçam e tu só precisas muito. De chorar pelos outros e não fazer nada sentada no sofá da sala, de engordar, ficar balofa, depois deixas de comer durante uma semana ou duas. Ninguém dá-de reparar, hão-de gostar mais. E quando gostam mais do que vêem nunca se preocupam muito em emendar o rasgão. Assim deixam as mães dos meninos que eles andem de calças rotas a espalhar bravura e rebeldia por aí. Acham graça a ver o pequeno herói de batalha sem sequer ter do Aquiles o calcanhar.
Vá, conta tudo. Guarda o gelado no frigorifico que ele lá está melhor, faz o pequeno rasgão na maminha, mesmo acima do coração, e conta-lhes como gostas tanto de beber do teu próprio sangue só porque ele guarda o sabor acre do passado que, na verdade, há-de continuar a sempre a fazer-te ver fins em todas as paredes.
Vá, conta tudo. Guarda o gelado no frigorifico que ele lá está melhor, faz o pequeno rasgão na maminha, mesmo acima do coração, e conta-lhes como gostas tanto de beber do teu próprio sangue só porque ele guarda o sabor acre do passado que, na verdade, há-de continuar a sempre a fazer-te ver fins em todas as paredes.
she never knows
( 00:16 )
There's this girl I met a few years ago, she suffers from a disease, a chronical disease.
No matter how many years will go by she will never be cured. Never ever. There's nothing I can do about, there's nothing doctors can do about, there's nothing you can do about, there's nothing we can do about. She will always, forever, suffer from it.
It was diagnosed when she was about 15 - the time when she finally started to put a string on her life, when she finally started to try to figure it out. But it was already too late to be treated. This disease, if discovered at a young age could probably be treated, but since it wasn't... she will have to deal with it until the end of time. And so will I. And so will you. And so will all of us that know her and love her.
The symptoms are quite irritating. Not knowing what to eat. Not knowing what to wear. Never knowing where to go. Not knowing which color suits best her hair. Not knowing which tennis to buy. Not knowing if she rather A or B. Never knowing what to do. Never knowing anything. Never be certain. Never trust. Never almost anything.
This girl I met a few years ago suffers from uncertainty. And it's chronical. It is eternal.
domingo, 2 de dezembro de 2012 ( 21:30 )
for reasons unknown I'm still waiting. driving still in these seas of wanting.
I've been traveling around the world for a few years now, meeting people no one should ever let pass by. I've been hiding my own fears so they stand safe, kept from the monter's eyes.
I do not know why the hell I keep this waiting alive, but I'm here. Still. Standing alone, for reasons unknown.
the thing is
( 19:40 )
i still believe i will have a happy ending with her. the problem is not love itself, but its consequences.
three
two
one
dare
elaele
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